segunda-feira, 25 de junho de 2012

Madre Teresa Forcades
A Madre Teresa Forcades é uma voz crítica ao sistema capitalista a que chama "Ditadura Financeira” geradora da mentira, do escândalo, da desgraça e deixa o povo morrer de fome no Inferno dos Campos de Refugiados. A monja Beneditina refere que o modo de Ser e Estar do capitalismo no mundo é de uma ganância espantosa. 
Ela entende a comunhão como partilha: O Pão distribuído irmãmente por todos... E confronta este valor com a total ausência  de liberdade, de igualdade e de fraternidade entre os povos.
 Teresa Forcades crítica  aquilo a que considera de uma tremenda falta de seriedade e de amor pelo semelhante e alerta os cristãos para as consequências que a ditadura do capitalismo provoca no mundo. 
É preciso que o Povo de Deus acorde e tome consciência.
Ante os escândalos financeiros, a freira não poupa a igreja pelo silêncio. A falta de uma palavra que denuncie tanto escândalo.
É claro que, no que toca a dinheiro, o Vaticano tem muitos telhados de vidro... 
Força, Irmã, fale sempre! Nem que a condenem ao silêncio... Eu falarei de si e da sua coragem de evangelizar o povo.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Álvaro de Oliveira










ânsia de invocar-te


tomo das noites o silêncio
dos teus degredos
                  até chegar-te ao nome

caminho agora com os olhos de lince
numa derradeira ânsia de invocar-te
e procuro com os dedos de ádalo
tocar o último dos frutos
                  até chegar-te ao nome

porque nada está ainda como a hera
exposta aos eternos dizeres

nada está ainda como a água
sobre a fonte
e ninguém mais poderá lavar as mãos
sobre a cidade
                  até chegar-te ao nome

terça-feira, 12 de junho de 2012



Ao cair da tarde
Ao cair da tarde, fecharam-se os olhos do menino castanho que não sabia sorrir, nunca viu o riso dos homens, nem o cínico olhar das sombras que lhe roubaram o pão.
Ao cair da tarde, a terra toma a cor do fogo. As mães choram junto dos coqueiros e escondem o rosto para não assistirem ao último sopro dos meninos castanhos.
Mortas de esperança, as aves ensaiam o voo para dentro dos coqueiros, e os meninos castanhos não veem o esvoaçar das aves que voam para dentro dos coqueiros, à procura da água e de um grão de trigo junto dos coqueiros.
Mortas de esperança, quando a terra toma a cor do fogo, as aves assistem à fuga das sombras que roubaram o pão dos meninos castanhos. E os coqueiros secaram.