terça-feira, 17 de novembro de 2009

Um Telefone Velho


Aqui estou eu. Um telefone velho:
Dispersos circuitos em quimera
E tendo como irmão um novo artelho
Sou ainda um criado à vossa espera.

O artelho é doutra geração.
É moda que se estende a toda a idade
E anda por aí de mão em mão
A carpir destemperos de vaidade.

Sei que há mãos que me tocam de razão
Em gestos que são palavras da história
Mas as que me trabalham são de mel.

E dado agora à fria solidão
Registos que me gravam à memória
Já te disse quem sou. Meu pai é Bell.

2 comentários:

  1. Uma grande invenção esta de Graham Bell;
    e agora com os telemoveis estamos em contacto com as pessoas de quem gostamos a todo momento.

    Ja não sei andar sem meu telm...

    Um beijo Alvaro !

    ResponderEliminar
  2. Olá...
    Gostei! As mãos que me tocam de razão estão sempre comigo... mesmo longe.

    Um beijo!
    Célia

    ResponderEliminar