Quando Acordo
Acordo dum pesado sono Abro os olhos muito devagarinho e procuro concentrar-me numa réstia de luz que entra pela janela do quarto e lembro-me que sonhei Volto ao relógio São sete e meia As horas andam apressadas neste despropósito que o tempo consome, e eu ainda sem saber qual o amanhã do meu país No entanto, sei que há milhares de portugueses com fome Que há patrões cada vez mais ricos; que há operários cada vez mais pobres Que Bruxelas manda ou já não manda...
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