Vai lá, Maria.
Maria sem pão
sem unha ou dedal
sabes quem te rouba:
Os do Capital.
Os barriga cheia
que estão no poder
dizem-te que é
crise
que tens que
sofrer…
Roubaram-te emprego
Maria que choras
com vergonha e medo
aqui já não moras
Roubaram-te o riso
os brincos e a
graça
Maria que choras
despida na Praça.
Roubaram-te anéis
vão-se agora os
dedos
Maria estás fria
na sombra dos medos.
Roubaram-te a casa
o sonho, os
andilhos…
E agora na rua
a pedir prós filhos.
Vai. Vai lá Maria
levanta essa Praça
Junto ao parlamento
mostra a tua raça.
Vai. Vai lá Maria
começa a cantar…
São uns filhos da
mãe.
Vais pô-los a
andar…
Álvaro de Oliveira
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