A mão espalmada na parede
a rua agitando teias de orvalho
a rua agitando teias de orvalho
e a rapariga de cabelo ao vento
com o olhar ingenuamente puro
caído sobre a mansidão das árvores.
Teias de orvalho e o silêncio
resgatado ao olhar de acaso
informe e dúctil da rapariga,
o fino traço e talvez o último passo
o fino traço e talvez o último passo
dado por esta rua que a noite vem acumulando.
Dou pelo quebrar maciço das árvores
ouvindo uma voz selvagem e desconhecida,
a mão espalmada na parede,
a nítida cor dos dedos na parede,
e os dias inúteis ali perto de mim,
os dias e as árvores nas mãos da rapariga.
(Baladas de Orvalho)
Gosto desta "Balada de Orvalho",
ResponderEliminarsempre escrito com aquela leveza dum voo.
Bonito poema !
Um beijo !