terça-feira, 15 de junho de 2010

Estranho Olhar



A Página é branca. Rumo dos meus passos:
serpentes rastejando a espessa brita.
Ás vezes são tão falsos os abraços
e tão grandes os segredos desta escrita...

Incessante a brancura: estranho olhar.
Nada mais, meu amor, que me pareça
que um verso a outro verso possa dar
à poesia um nome que enlouqueça.

Lá mais para a tarde, à mesa do jantar
guardo num verso a remendada manta
que contém as palavras de um profeta.

Poesia: essa voz que quer cantar
sai do silêncio e no silêncio canta
correndo as veias loucas de um poeta.

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